Antes do Palácio da Aclamação virar Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Salvador, a Praça da Aclamação — entre o Forte de São Pedro e em frente ao Palácio da Aclamação e ao Passeio Público — passará por uma revitalização. A ordem de serviço para as obras foi assinada na manhã desta terça-feira (23) pelo prefeito Bruno Reis. Os serviços terão investimento de R$ 2 milhões e vão se estender por mais de 5 mil m² de área.

O objetivo do projeto elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) é trazer mais movimento de pessoas para o largo. A obra será executada pela Secretaria de Manutenção (Seman).

“É um local muito bonito, um monumento da nossa cidade, mas que não é utilizado pela nossa população. A ideia é que, com essa requalificação, ele se transforme num ambiente para receber feiras, exposições, aqueles eventos que ocorrem em praças da nossa cidade nos finais de semana. Nossa intenção é que a população tenha de volta esse importante espaço público”, explicou o titular da Seman, Lázaro Jezler Filho.

Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

Banco do Brasil e Governo da Bahia assinam acordo para a criação do CCBB Salvador

(Foto: Divulgação/BB)

O encontro teve a presença de Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil e representantes dos Governos Municipal, Estadual e Federal, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o governador do estado, Jerônimo Rodrigues; o secretário estadual de cultura, Bruno Monteiro; Pedro Tourinho, secretário de cultura de Salvador e Maria Marighella, presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte).

O equipamento vai ocupar o Palácio da Aclamação, na Av. Sete de Setembro. O palácio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) desde 2010, e foi residência oficial de diversos governadores na história do estado.O projeto arquitetônico do Centro ainda está em fase de aprovação e, por isso, ainda não há uma data para o início das obras no espaço.

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(Foto: Divulgação/BB)

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(Foto: Divulgação/BB)

A ministra da Cultura comemorou a instalação do equipamento cultural na Bahia. “Quanto mais tivermos lugares para o acontecimento da arte e da cultura, quem ganha é o povo brasileiro. Mas especificamente da Bahia, a arte e cultura faz parte do DNA do nosso povo e ter uma casa como essa, eu fiquei muito emocionada com o que vai nascer aqui na nossa Bahia. Estou muito feliz. O Banco do Brasil começou na Bahia e nós merecíamos muito isso”, disse.

Margareth Menezes

“A Bahia sempre precisará estar em nosso imaginário coletivo como brasileiros, para buscarmos ser um país mais inclusivo e plural. São essas razões que fizeram o Banco do Brasil estreitar ainda mais seus vínculos com esse Estado, com a assinatura de um acordo com o governo da Bahia para a criação do Centro Cultural Salvador-Bahia”, discursou a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

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Tarciana Medeiros

A presidente contou que as tratativas para o acordo iniciaram no Carnaval do ano passado, a partir de conversas com o governador Jerônimo Rodrigues. “Ninguém fica imune à sedução da Bahia”, brincou.

Jerônimo Rodrigues falou sobre a escolha da Bahia para a instalação do CCBB. “Não nos sentíamos excluídos, presidente, por ainda não termos um Centro na Bahia. Mas havia uma dívida. Eu tenho dito que, ao longo da história do Brasil, nós tivemos governos marcadamente fiéis a um desenho da elite brasileira que deve muito, mas não é pouco, deve muito ao povo brasileiro. Uma elite que governou este país, os estados, os municípios e nos privou de um conjunto de direitos de educação, de saúde, de segurança pública, de cultura”, comentou.

Jerônimo Rodrigues

Segundo Jerônimo, a Estação da Calçada e o Instituto do Cacau chegaram a ser pensados para sediar o CCBB.

O governador garantiu que, enquanto o CCBB não é inaugurado, atividades culturais já movimentarão o espaço. “Enquanto não inaugura, nós haveremos de fazer atitudes e atividades culturais aqui, o espaço não ficará parado. Para isso, terá todo o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, do Vila Velha, dos artistas locais, da Secretaria Estadual, do Ministério da Cultura, a nossa TVE, aqui representada pelo diretor-presidente Flávio Gonçalves. Já podemos pensar em liberar filmes históricos para serem apresentados aqui, vai ser muito bonito. Eu tenho certeza que cada um e cada uma que vier presenciar as cenas culturais aqui se sentirão como governadores e governadoras da cultura baiana”. 

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