Em 1984 a Ferrari lançou um dos seus modelos de carro mais clássicos, Testarossa. Desenhado pela Pininfarina, o carro, todo estilizado com seus farois retráteis e seu potente motor V12 naturalmente aspirado, se tornou um ícone da época. Mas se houve algo que tornou o TestaRossa famoso, foi o seu motor. Seus 12 cilindros boxer com 390 cv a 6.300 rpm fizeram as pessoas se apaixonarem por seu som.

Se somarmos o peso de 1.506 kg ao motor mais potente dos anos 80, temos um carro que era um verdadeiro míssil para a época, com 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e velocidade máxima de 290 km/h.

Acabou o ronco do motor, agora é TeslaRossa

Adeus à gasolina. Adeus ao som. Pois a Electric Classic Cars trocou o motor do Testarossa pelo de um Tesla. A é conhecida por transformar clássicos em carros totalmente elétricos. Como explicam no seu site, especializam-se em veículos fabricados entre as décadas de 1950 e 1980, dos quais retiram o motor de combustão e o atualizam com uma “inovação do século XXI que proporciona maior fiabilidade e mais potência”.

O problema é que assistir a um TestaRossa em movimento sem desfrutar de seu som fantástico é como assistir a um filme sem trilha sonora. Como um clássico da literatura sem letras entre as páginas.

Uma verdadeira aberração para alguns, esses ingleses se orgulham de suas conversões e em seu canal no YouTube você pode acompanhar o processo que utilizaram para realizar algumas delas. No caso do TeslaRossa, como chamaram a modificação do clássico italiano, decidiram incorporar um motor Tesla e baterias de 60 kWh, suficientes para percorrer, segundo eles, cerca de 240 quilômetros entre cargas. O carro, presumem, é agora mais rápido porque tem motor de 600 CV e pesa menos que o modelo original, apesar de ter incluído as baterias.

Na verdade, o tempo necessário para atingir os 100 km/h a partir da paralisação é reduzido em alguns décimos, chegando a 4,8 segundos. Além das mudanças no motor, as modificações no carro também ajudaram este novo (e mais limpo) Testarossa a incorporar controle de tração ou uma nova suspensão semi-ativa. Para carregar o carro, o agora clássico elétrico pode aceitar potências de até 7 kW em corrente alternada e até 150 kW em corrente contínua.

*Texto traduzido e adaptado do site parceiro Xataca


Crédito da imagem: Electric Classic Car

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