Um integrante de alta patente do Hamas disse à CNN que não pode fornecer garantias sobre o bem-estar dos reféns israelenses que estão na Faixa de Gaza.
Entretanto, ele rejeitou a conclusão de um representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) de que há “informações claras e convincentes” de que alguns deles foram abusados sexualmente.
“Não posso agora tranquilizar ninguém, porque todos estes prisioneiros de guerra enfrentam o mesmo bombardeamento e fome que o nosso povo enfrenta no terreno”, afirmou Basem Naim, membro do gabinete político do Hamas, embora tenha “absolutamente” negado as acusações de abuso sexual.
Em entrevista por Zoom de seu escritório em Istambul, Turquia, Naim falou à CNN na quarta-feira (14) sobre o estado das negociações de cessar-fogo com Israel, o destino de 130 reféns israelenses ainda detidos pelo Hamas e a parcela de responsabilidade do Hamas pela devastação generalizada pelos militares israelenses.
Durante a entrevista, Naim rejeitou definir os ataques do Hamas como terrorismo, alegando falsamente que a sua organização não tem como alvo civis.
Em vez disso, culpou Israel por realizar o que alegou ser “terrorismo de Estado” na Faixa de Gaza e reiterou os apelos do Hamas aos palestinos para que se juntassem à “resistência armada” contra Israel durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começou no domingo (10) à noite.
Israel negou ter como alvo civis e acusa o Hamas de se esconder atrás de infraestruturas civis. Mais de 31 mil pessoas, a maioria das quais mulheres e crianças, foram mortas em Gaza desde o início da campanha militar israelense, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas
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