Inadimplência das empresas se mantém em 7,0 milhões em novembro

Maior parte das dívidas foram contraídas pelo segmento de “Serviços” (55,1%).

Em novembro de 2024, 7,0 milhões de negócios estavam com contas negativadas no país, representando 31,9% do total de companhias existentes, conforme o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. O levantamento também registrou o volume de 50,4 milhões de dívidas no mês, que equivalem a soma de R$ 153,4 bilhões. Em média, cada CNPJ negativado possuía 7 contas atrasadas.

“Com a alta da taxa de juros, o acesso ao crédito para as empresas fica mais limitado e mais caro. Isso afeta diretamente a capacidade das companhias de gerenciar seu fluxo de caixa e cumprir suas obrigações financeiras. Além disso, os juros altos podem reduzir a demanda por produtos e serviços, pois consumidores e negócios enfrentam custos de crédito mais elevados, resultando em menor receita. Esse cenário cria um ciclo vicioso: o difícil acesso ao crédito e a queda na receita prejudicam a saúde financeira das empresas, elevando a inadimplência e tornando o ambiente de crédito ainda mais restritivo”, avalia Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian. 

Ainda de acordo com o indicador, a maioria dos atrasos foram registrados no setor de “Serviços” (55,1%) seguido por “Comércio” (35,6%). Em relação ao setor das dívidas, a categoria de “Serviços” também representou a maior parte delas (31,1%) seguida por “Bancos e Cartões” (21,4%).

Em novembro, a análise das Unidades Federativas revelou que Alagoas registrou a maior taxa de inadimplência das empresas do país, com 41,7% das companhias do estado com o CNPJ no vermelho. O ranking continuou com Roraima (40,8%) e Distrito Federal (40,4%) destacando-se como as regiões com mais pendências financeiras entre os negócios.

MPEs representam a maior parcela das empresas inadimplentes 

A visão por porte mostrou que, em novembro, 6,5 milhões de empresas inadimplentes eram “Micro e Pequenas” (MPEs), cujas dívidas acumuladas ultrapassaram o valor de R$ 131,8 bilhões, refletindo uma média de sete contas em atraso por companhia. 

Fonte:Tribuna da Bahia

Fonte: Clique aqui