O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, retorna ao Oriente Médio, nesta quarta-feira (20), para sua sexta visita desde o início da guerra de Israel com o Hamas.
O principal diplomata de Joe Biden chega à região para pressionar por um acordo que garanta uma pausa temporária nos combates e a libertação de reféns detidos pelo Hamas.
Blinken se reunirá com líderes sauditas na capital Jidá e líderes egípcios no Cairo para discutir negociações mediadas pelo Egito e Catar sobre um acordo, bem como esforços para levar mais ajuda a Gaza, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.
As conversas sobre um cessar-fogo serão retomadas esta semana no Catar, mas semanas de duras negociações ainda não permitiram chegar a um acordo entre Israel e o Hamas que Washington espera que ajude a aliviar a crise humanitária que assola Gaza.
Blinken disse que também iria prosseguir com reuniões sobre acordos para governança, segurança e desenvolvimento de Gaza após o conflito.
“Temos trabalhado muito desde janeiro, especialmente com os nossos parceiros árabes, e iremos prosseguir essas conversas, bem como discutir qual é a arquitetura certa para uma paz regional duradoura”, disse Blinken.
A guerra foi desencadeada quando combatentes do Hamas invadiram Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e capturando 253 reféns, segundo registros israelenses.
Quase 32 mil pessoas foram confirmadas como mortas no ataque de retaliação de Israel, de acordo com autoridades de saúde palestinas em Gaza controlada pelo Hamas, e outros milhares temem-se perdidos sob os escombros.
Blinken não está programado para visitar Israel nesta viagem, apesar das múltiplas visitas ao aliado dos EUA em suas viagens regionais anteriores desde 7 de outubro.
As tensões aumentaram entre a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, e o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que na terça-feira rejeitou o apelo de Biden para cancelar um ataque terrestre planejado na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde mais de um milhão de palestinos deslocados estão abrigados.
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